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8 Abr. 17:30

Exposição "Vermelho e negro", de Alberto Simões de Almeida

Exposição patente de 08  a 30 de Abril

Inauguração dia 08 de Abril às 17h30

Exposição individual de escultura em madeira

Defendendo a supremacia da pintura não figurativa sobre a pintura de imitação da natureza, Kazimir Malevitch (1879-1935) introduziu, em 1913, um novo conceito que designou como “Suprematismo”, em que considerou ser primordial a abstracção geométrica baseada na pura não-objectividade, assumindo o artista a primazia da sensibilidade plástica pura, acima de toda a finalidade materialista. Em 1915, Malevitch expôs trinta e nove quadros em S. Petersburg, então Petrogrado, capital da Rússia; nas obras expostas, predominavam os quadrados e os rectângulos, as linhas e os círculos, e a cruz; utilizando uma reduzida paleta de cores, sempre saturadas, assumia uma representação não objectiva, desnudando os objectos de qualquer significação, defendendo que “a realidade em arte é o efeito sensitivo da cor”, atingindo assim “a superioridade absoluta da emoção pura”. No entanto, só em 1925, Malevitch fez a sistematização teórica do “Suprematismo”, através do manifesto “Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo Realismo na Pintura”, escrito em colaboração com o poeta Maiakóvski (1893-1930).

Em 1919, El Lissitzky (1890-1941) integra-se no movimento suprematista, tendo desenvolvido os projectos designados por “PROUN”, que descreveu como “uma estação a meio caminho entre a pintura e a arquitectura”, uma forma de arte em que fazia construções montadas sobre as superfícies das paredes, estabelecendo como objectivo essencial a libertação da arte de qualquer interpretação emocional da realidade, através do desenvolvimento de uma nova linguagem abstracta, baseada em elementos correlacionados, estruturas internas, energias e tensões espaciais.

Passados cerca de cem anos, a proposta ora apresentada por Alberto Simões de Almeida revive a concepção suprematista, jogando com os elementos geométricos elementares e com a precariedade de cores, sempre planas; trata-se de uma evocação, ora aproximando-se, ora afastando-se, dos trâmites que fundamentaram esse movimento. O ponto de partida foram os desenhos de El Lissitzky, reinterpretando-os, redimensionando-os a três dimensões, buscando a abstracção numa fuga constante a referentes, tentando anular significações, apesar de ser inevitável que qualquer observador possa fazer as suas próprias aproximações mentais à realidade.

As esculturas de Alberto Simões de Almeida são estruturas assimétricas, em que a presença de linhas de fuga introduz uma sensação dinâmica, por vezes bem explícita. À utilização das formas geométricas puras e absolutas características do “Suprematismo” (círculo, quadrado, rectângulo, triângulo e cruz), conjugadas de maneira independente ou combinada, acrescentou a elipse, forma geometricamente mais elaborada. Embora a paleta de cores utilizadas seja reduzida, o negro fimbreado a vermelho integra muitos dos trabalhos, com predomínio do negro (e de cinzentos) no plano-base das esculturas de parede.
 

Alberto Simões de Almeida



Alberto Simões de Almeida


Exposições individuais
Galeria Municipal – Casa Mantero – Sintra – Junho 2016
Galeria de Arte do Estoril – Janeiro 2016
Ateneu Comercial de Lisboa – 2013
Centro Cultural da Malaposta – 2012
Centro Cultural de Samora Correia – Dezembro 2010
Galeria ÉDEN, Lisboa – Abril 2010
Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos – 2003

Exposições colectivas
Expondo regularmente desde 2000, participou em cerca de setenta exposições colectivas, nomeadamente:

Lisbon Open Studios, Lisboa – 2016
“O mar e motivos marítimos”, no Museu de Marinha, Lisboa – 2014, 2016
XVII, XVIII e XIX Bienais de Artes Plásticas da Festa do Avante – 2011, 2013 e 2015
Galeria AP–Arte Portuguesa, na Livraria Europa-América, Lisboa – 2014
“Portugal em Abril”, na Galeria Artur Bual, Amadora – 2014
“Liberdade – 40 anos, 40 artistas”, no Palácio do Infantado, Samora Correia – 2014
 “Percursos com arte” – Bienal de Coruche – 2013
“Era uma vez qualquer coisa...” – Museu Nacional do Teatro, Lisboa – 2013
“Estrutural”, com o Pintor Vítor Moinhos – Ordem dos Médicos, Lisboa – 2013
4.ª e 5.ª Exposições Internacionais de Villafranca de Los Barros, Espanha – 2012 e 2013
 “Suportes da consciência contemporânea”, no Centro Cultural da Malaposta – 2011
VII Bienal da Vidigueira – 2010
“Pensar com Tom Zé”, na Casa do Brasil, em Santarém – 2010

Representações
Galeria Traço, em Lisboa – 2015, 2016
Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Sines e Sintra
Casa do Brasil, em Santarém

Palestra
“Arte e Reciclagem” – Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana, Cascais. Maio 2010

Formações artística e académica
Pós-graduação em Comunicação Educacional Multimédia, integrando formação em “Semiótica das Representações Visuais” – Universidade Aberta, Lisboa;
Cursos de Pintura e “Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea”, na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa.

http://www.albertosimoesdealmeida.com